Comissão de Direitos Humanos da OAB entra com representação contra Gil Teobaldo

Jayme Asfora/Foto Ricardo Almoêdo


A Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, presidida por Jayme Asfora, entrou com representação no Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem contra o advogado Gil Teobaldo por ele ter declarado a imprensa que, no caso do assassinato de Maristela Just, há 21 anos, o acusado José Ramos de Lopes Neto, seu filho, agiu certo ao matar a noiva e ferir seus dois filhos e um cunhado para defender sua honra que, em tese, foi atingida por uma declaração da vítima.
Ao definir a atitude do filho e acusado, Gil Teobaldo declarou que "Se não matasse, não sentaria e não comia na minha mesa. O homem tem que ter brio, ter dignidade, preservar a honra, se sentir acima de qualquer circunstância. Tem que ser, verdadeiramente, um homem". O advogado ainda deu declarações homofóbicas e criticou a lei Maria da Penha.
"Ele cometeu uma infração ético-disciplinar conforme previsto no Art. 34, inciso XXV, da Lei Federal nº 8906/94 – que estabelece o Estatuto da Advocacia – o qual diz: "Constitui infração disciplinar manter conduta incompatível com a advocacia", diz Jayme. O conselheiro também comentou as declarações de Gil Teobaldo a um jornal local, hoje (14).
"Gil deu declarações homofóbicas ao dizer que o irmão de Maristela, Ulisses Just, morreu de AIDS porque era homossexual, safado e freqüentava boates gays", fala. Gil Teobaldo foi mais além e criticou até Maria da Penha, farmacêutica vítima de violência doméstica, que dá nome a lei que torna crime inafiançável violência contra a mulher.
Da Assessoria de Imprensa/SL Comunicação & Marketing